quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

"Tô com saudade de você, de mim, de nós. Do que costumávamos ser."
"Não que eu não saiba me cuidar. Eu sei. Até muito bem. Mas é tão melhor ver alguém fazendo isso pela gente."
"Eu sinto saudades. Você sabe como sou difícil de admitir esse tipo de dependência pelas pessoas. Mas eu deixei meu orgulho parado no quarteirão de trás e vim correndo. Porque essa minha dependência de você começou a doer. E resolvi vir deixar claro que, caso ainda queira, ainda dê, ainda reste algo, eu estou aqui."
"Dei a chance e não me procurou. Não me ligou, não bateu à minha porta, não me escreveu. E eu fiquei aqui, tola, esperançosa, achando que ia voltar. Preparei a mesa pra dois, joguei a bagunça no armário e coloquei aquele meu vestido que você tanto gosta. Troquei o sorriso, troquei a sandália, troquei tudo. Mas você permaneceu o mesmo."
"Eu quero escrever mas está tão complicado ultimamente. Tantas coisas tem que ser ditas mas permanecem caladas. Tantas palavras pedindo para serem escritas, mas estão sendo apagadas. Ultimamente estou assim. Preciso agir em tantas coisas, preciso tomar tantas atitudes e desembaraçar um pouco desses nós que me prendem. Mas a cada passou que eu avanço, eu volto dois. E isso tem me desgastado, dia-a-dia."
"Vai. Levanta daí, pega esse telefone e disca pra esse filho da puta. É, pode ligar. E diz que você é forte e que vive sem ele. Quem ele pensa que é pra querer te magoar assim? Quem é ele, me diz? Chuta pra longe o que não te faz bem."
"E o telefone não tocou. Mas eu esperei. Ainda espero. Porque eu estou tentando acreditar que essa foi só uma brincadeirinha de mau gosto. Você não me deixaria escapar assim, deixaria? Você não se conformaria com todos nossos momentos jogados fora, se conformaria? Você realmente pensa em me deixar ir embora assim, de uma hora pra outra? Não vai me puxar pelo braço e dizer que me ama? Você ainda me ama?"