Ando por aí, colhendo pedaços de emoções pelo caminho. Às vezes colho sorrisos, alegrias, bons momentos. Mas às vezes é preciso colher as tristezas, os desencontros, para que em seu lugar floresça apenas coisas doces. Ando plantando saudade, lembranças... às vezes brota um "senti sua falta" "por onde você andou?", esse tipo é aquele que você colhe, coloca em um vaso e uma semana depois murchou. Ando procurando colher carinho, calor, abraço. Hoje em dia ta em falta. Pouca gente planta. Pouca gente cultiva com vontade. Mas acima de tudo, nunca parei de plantar, colher, semear. Porque afinal, a vida é feita do que mesmo?

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Já se sentiu despedaçado? Completamente partido em pedaços? Já sentiu como se o mundo, as pessoas, palavras, fossem tudo o que você menos precisasse? Silêncio. Esse amontoado de coisas não ditas. Esse amontoado de pensamentos, palavras, pessoas, simplesmente pairando em um nada. Um nada que de certa forma, machuca. Porque o silêncio esconde as piores dores. Esconde os piores segredos. O silêncio atormenta. Tortura. O silêncio, em sua soma de faltas, nadas e de vazio, que na verdade transborda. Te puxa. Sussurra aos poucos cada tristeza escondida dentro do teu peito. É esse silêncio que nos cerca e a cada dia nos esforçamos para cobri-lo.